Quando começou a se tratar de algo desconhecido para ele, João tinha menos de dois anos de vida.
Antes de seu segundo aniversário ele conheceu um lado duro da vida que muitos de nós não conhecemos, a não ser de ouvir falar. Ele nunca questionou, nunca reclamou. Com um ano e onze meses, o menino aceitou seu calvário sem nada pedir. Dali para frente foram muitos dos dias de sua vidinha dentro de um hospital, internações, agulhadas, remédios e tratamentos pesados para combater um vilão bem mais malvado do que os de seus desenhos: O câncer. O drama doloroso é tão cruel que nem a ficção ousou escrever. A festa de dois anos perdeu a importancia e ao invés de presentes ele recebeu agulhadas e corticóide que o transformaram num menininho inchado e irreconhecível. Ainda assim, com uma dolorosa novidade a cada dia, mergulhando no mundo da quimioterapia, João dava um jeito de manter o sorriso no rosto, quebrando o coração de quem de perto acompanhava em lágrimas o triste destino da criança que mal tinha chegado ao mundo.
O tempo foi passando, e apesar de não entender muita coisa, o menino adquiriu um olhar diferente, uma visão mais amadurecida e mais clara da vida ao seu redor. Em silêncio, João observava tudo de diferente que sua vida tinha, tudo que outras crianças podiam e ele não, tudo que ele era obrigado e outras crianças não. É, em silêncio.
Mas como todos vocês sabem, ninguém aguenta tudo o tempo todo. Não, nem Jesus na cruz deixou de dizer que Deus o havia abandonado. Tenho pra mim que meu pequeno menininho está crescendo. É, tá sim. E crescido desse jeito, apesar de ainda querer brincar de boneco e jogar seus jogos, ele agora chegou numa fase em que faz perguntas. Quer saber o porque das coisas e tem sido dificil responder.
Internado para mais uma semana de quimioterapia e tratamento da infecção intestinal, com dores pelo corpo, João diz que não é justo e pergunta o porque de tudo. E não há quem responda, não há um jeito de explicar. Porque não foi o boneco dele que caiu numa cachoeira nem seu cd que arranhou. É a vida dele que continua sem respostas e com as mesmas diferenças de antes.
As crianças choram para não ir a escola e ele chora por querer ir. Tá certo, nenhuma criança gosta de hospital, mas ele.. Bem, ele chora mas no fim aceita seu destino, sabe que é esse tratamento que nos traz esperanças.
E eu estaria mentindo se dissesse que ele está esgotado, porque ele não está! Ao contrário, ele está de cabecinha erguida enfrentando tudo e que venham as proximas batalhas, pois ele está de pé!
E você? Sente-se esgotado? Pensando em parar? Desistir?
Ei.. Tem gente pequenininha lutando de peito aberto.
Antes de seu segundo aniversário ele conheceu um lado duro da vida que muitos de nós não conhecemos, a não ser de ouvir falar. Ele nunca questionou, nunca reclamou. Com um ano e onze meses, o menino aceitou seu calvário sem nada pedir. Dali para frente foram muitos dos dias de sua vidinha dentro de um hospital, internações, agulhadas, remédios e tratamentos pesados para combater um vilão bem mais malvado do que os de seus desenhos: O câncer. O drama doloroso é tão cruel que nem a ficção ousou escrever. A festa de dois anos perdeu a importancia e ao invés de presentes ele recebeu agulhadas e corticóide que o transformaram num menininho inchado e irreconhecível. Ainda assim, com uma dolorosa novidade a cada dia, mergulhando no mundo da quimioterapia, João dava um jeito de manter o sorriso no rosto, quebrando o coração de quem de perto acompanhava em lágrimas o triste destino da criança que mal tinha chegado ao mundo.
O tempo foi passando, e apesar de não entender muita coisa, o menino adquiriu um olhar diferente, uma visão mais amadurecida e mais clara da vida ao seu redor. Em silêncio, João observava tudo de diferente que sua vida tinha, tudo que outras crianças podiam e ele não, tudo que ele era obrigado e outras crianças não. É, em silêncio.
Mas como todos vocês sabem, ninguém aguenta tudo o tempo todo. Não, nem Jesus na cruz deixou de dizer que Deus o havia abandonado. Tenho pra mim que meu pequeno menininho está crescendo. É, tá sim. E crescido desse jeito, apesar de ainda querer brincar de boneco e jogar seus jogos, ele agora chegou numa fase em que faz perguntas. Quer saber o porque das coisas e tem sido dificil responder.
Internado para mais uma semana de quimioterapia e tratamento da infecção intestinal, com dores pelo corpo, João diz que não é justo e pergunta o porque de tudo. E não há quem responda, não há um jeito de explicar. Porque não foi o boneco dele que caiu numa cachoeira nem seu cd que arranhou. É a vida dele que continua sem respostas e com as mesmas diferenças de antes.
As crianças choram para não ir a escola e ele chora por querer ir. Tá certo, nenhuma criança gosta de hospital, mas ele.. Bem, ele chora mas no fim aceita seu destino, sabe que é esse tratamento que nos traz esperanças.
E eu estaria mentindo se dissesse que ele está esgotado, porque ele não está! Ao contrário, ele está de cabecinha erguida enfrentando tudo e que venham as proximas batalhas, pois ele está de pé!
E você? Sente-se esgotado? Pensando em parar? Desistir?
Ei.. Tem gente pequenininha lutando de peito aberto.